sábado, 11 de setembro de 2010

Os deuses e deusas na Grécia raramente se mostram aos homens em sua forma habitual.  Passam a maior parte do tempo no monte Olimpo, a mais alta montanha do país.  Por isso, as doze principais divindades em que os antigos gregos acreditavam são também chamadas de doze olimpianos.  Esses deuses devem a imortalidade a uma bebida deliciosa, o néctar, e a uma iguaria refinada, a ambrosia.   Além disso, dispõem de vários poderes sobrenaturais, sobretudo a capaciade de aparecer aos homens assumindo diversas formas, humanas ou animais.  Os deuses gregos não são especialmente bons: têm as mesmas qualidades dos homens, mas também os mesmos defeitos.  Assim, não é raro que o Olimpo se agite com suas disputas e rivalidades.   Por isso também, os gregos os temiam tanto quanto os amavam, pois um deus desses sempre podia pregar-lhe uma peça.
Mitologia grega é o estudo dos conjuntos de narrativas relacionadas aos mitos dos gregos antigos, de seus significados e da relação entre eles e os povos — consideradas, com o advento do cristianismo, como meras ficções alegóricas.[1] Para muitos estudiosos modernos, entender os mitos gregos é o mesmo que lançar luz sobre a compreensão da sociedade grega antiga e seu comportamento, bem como suas práticas ritualísticas.[2] O mito grego explica as origens do mundo e os pormenores das vidas e aventuras de uma ampla variedade de deuses, deusas, heróis, heroínas e outras criaturas mitológicas.
Ao longo dos tempos, esses mitos foram expressos através de uma extensa coleção de narrativas que constituem a literatura grega e também na representação de outras artes, como a pintura da Grécia Antiga e a pintura vermelha em cerâmica grega.[3][4] Inicialmente divulgados em tradição oral-poética,[5] hoje esses mitos são tratados apenas como parte da literatura grega.[6] Essa literatura abrange as mais conhecidas fontes literárias da Grécia Antiga: os poemas épicos Ilíada e Odisséia (ambos atribuídos a Homero e que focam sobre os acontecimentos em torno da Guerra de Tróia, destacando a influência de deuses e de outros seres), e também a Teogonia e Os Trabalhos e os Dias, ambos produzidos por Hesíodo.[7] Os mitos também estão preservados nos Hinos homéricos, em fragmentos de poemas do Ciclo Épico, na poesia lírica, no âmbito dos trabalhos das tragédias do século V a.C., nos escritos de poetas e eruditos do Período Helenístico e em outros documentos de poetas do Império Romano, como Plutarco e Pausanias.[7] A principal fonte para a pesquisa de detalhes sobre a mitologia grega são as evidências arqueológicas que descobrem e descobriram decorações e outros artefatos, como desenhos geométricos em cerâmica, datados do século VIII a.C., que retratam cenas do ciclo troiano e das aventuras de Hércules.[7] Sucedendo os períodos Arcaico, Clássico e Helenístico, Homero e várias outras personalidades aparecem para completar as provas dessas existências literárias.[7]
A mitologia grega tem exercido uma grande influência na cultura, nas artes e na literatura da civilização ocidental e permanece como parte da herança e da linguagem do Ocidente.[8] Poetas e artistas desde os tempos antigos até o presente têm se inspirado na mitologia grega e descoberto que os temas mitológicos lhes legam significado e relevância em seu contemporâneo.[9] Seu patrimônio também influi na ciência, como no caso dos nomes dados aos planetas do Sistema Solar e em estudos teóricos, acadêmicos, psicanalíticos, antropológicos e muitos outros.[10][11][12][13]

O MONTE OLIMPO E SEUS DEUSES

Os Deuses Olímpicos são os 12 deuses principais da mitologia grega, que vivem no Monte Olimpo, de onde vem seu nome. Os deuses olímpicos moravam em um imenso palácio, em algumas versões de cristais, construído no topo do monte Olimpo, uma montanha que ultrapassaria o céu. Comiam a ambrósia e bebiam o néctar, alimentos exclusivamente divinos, ao som da lira de Apolo, do canto das Musas e da dança das Cárites. Apesar de não haver confirmação mitológica, supõe-se que os deuses olímpicos não ficavam exclusivamente no Olimpo, mais exerciam suas responsabilidades em outros locais, por exemplo, como Hades que vive no mundo dos mortos.
Por vezes alguns autores incluem outros deuses entre os 12 olímpicos, neste artigo eles serão considerados "Deuses olímpicos menores".

Doze Principais

Normalmente a lista dos 12 deuses olímpicos principais mais aceita é a abaixo, mas a lista varia um pouco e Héstia e Demetér, por exemplo, aparecem em algumas.
Zeus - deus dos deuses, do céu e da terra, senhor do Olimpo;Hera - esposa de Zeus, deusa dos deuses, protetora do casamento;Poseídon - deus dos oceanos e mares;Hades - deus do mundo dos mortos;Atena - deusa da guerra justa, da justiça, da sabedoria;Apolo - deus do Sol, das artes e das profecias;Ártemis - deusa da lua e da caça;Afrodite - deusa do amor e da beleza;Ares - deus da guerra;Hefesto - deus do fogo e da metalurgia;Hermes - o mensageiro de Zeus, protetor dos ladrões e comerciantes;Dionísio - deus do teatro, do vinho e das festas.

Deuses menores

Deméter - deusa da agricultura;Eros - deus do amor;Héstia - deusa do fogo e da família;Éolo - deus dos ventos;Héracles - depois de morto, foi aceito entre os olímpicos.
Os Doze Deuses Olímpicos, também conhecidos como o dodekatheon, (termo usado no grego medieval, por exemplo, por Nicephorus Callistus Xanthopoulos, Atanásio de Alexandria ou Doukas e que é composto por dōdeka, "doze"+ θεοί, theoi, "deuses"), na mitologia grega, eram os principais deuses do panteão grego, residentes no topo do Monte Olimpo.
Os deuses olímpicos moravam em um imenso palácio, em algumas versões de cristais, construído no topo do monte Olimpo, uma montanha que ultrapassaria o céu. Alimentavam-se de ambrósia e bebiam néctar, alimentos exclusivamente divinos, ao som da lira de Apolo, do canto das Musas e da dança das Cárites. Apesar de nunca haver se acabado por completo, e tendo permanecido oculto na maior parte da Grécia devido à perseguição político-religiosa que sofreu, o culto dos deuses olímpicos tem sido restaurado de forma mais explícita na Grécia desde os anos 90, através do movimento religioso conhecido como Dodecateísmo.[carece de fontes?]
A primeira referência antiga a cerimónias religiosas em sua honra encontra-se no Hino homérico dedicado a Hermes. A composição clássica dos Doze Deuses Olímpicos (o Doze Canónico da arte e da poesia) inclui os seguintes deuses: Zeus, Hera, Posídon, Atena, Ares, Deméter, Apolo, Ártemis, Hefesto, Afrodite, Hermes e Dioniso. Os doze deuses romanos correspondentes eram Júpiter, Juno, Neptuno, Minerva, Marte, Ceres, Apolo, Diana, Vulcano, Vénus, Mercúrio e Baco.[1] Hades (no panteão romano, Plutão) não era geralmente incluído nesta lista. Não tinha assento no panteão porque passava a maior parte do seu tempo nos Infernos. Também costuma aparecer entre os doze Héstia (entre os romanos, Vesta.) Quando foi dado lugar a Dioniso, o número total de Olímpicos passou a ser treze. Sendo tal número indesejável, e de modo a evitar conflitos, Héstia abdicou do seu lugar entre os doze.
A composição do grupo dos Doze Olímpicos, contudo, varia substancialmente entre os autores da antiguidade. Heinrich Wilhelm Stoll considera, mesmo, que a limitação ao número de doze é uma ideia relativamente moderna[2] Cerca de 400 a.C., Heródoto incluía na sua composição do Dodekatheon as seguintes divindades: Zeus, Hera, Posídon, Hermes, Atena, Apolo, Alfeu, Cronos, Reia e as Cárites.[3] Wilamowitz concorda com a versão de Heródoto.[4]
Heródoto inclui, em Histórias II, 43, Hércules como um dos Doze[5]. Luciano de Samósata também inclui Hércules e Esculápio como membros dos Doze, sem, contudo, referir quais os deuses que para eles tiveram de abdicar. Em Cós, Hércules e Dioniso juntam-se aos Doze, prescindindo-se de Ares e Hefesto[6]. Contudo, Píndaro, Apolodoro,[7] e Herodoro discordam desta versão, sustentando que Hércules não era um dos Doze Deuses, mas aquele que estabeleceu o seu culto.[3]
Platão relacionava os Doze ao número de meses do ano, e propôs que o último mês fosse dedicado aos rituais em honra de Plutão e dos espíritos dos mortos, o que implica que ele mesmo considerasse Hades como sendo um dos Doze.[8] Hades não consta das versões posteriores deste grupo de deuses devido a associações ctónicas óbvias.[9] Em Fedro Platão faz corresponderos Doze com o Zodíaco e exclui Héstia.[10]
Hebe, Hélios e Perséfone são também incluídos, por vezes, no grupo. Eros também é por vezes referido ao lado dos Doze, especialmente com a sua mãe, Afrodite, mas raramente é considerado como um dos Olímpicos.
Os Doze Olímpicos obtiveram a sua supremacia no mundo dos deuses, depois de Zeus ter conduzido os seus irmãos, Hera, Posídon, Deméter e Héstia, à vitória na guerra com os Titãs. Ares, Hermes, Hefesto, Afrodite, Atena, Apolo, Ártemis, as Cárites, Hércules, Dioniso, Hebe e Perséfone eram, por sua vezes, filhos de Zeus, ainda que algumas versões dos mitos sustentem que Hefesto era filho apenas de Hera e que Afrodite era filha de Urano.

Olímpicos clássicos

Os catorze deuses e deusas mais frequentemente listados como pertencendo aos Doze Olímpicos.
Nome grego Nome romano Estátua Deus de... Geração
Zeus Júpiter Jupiter Versailles Louvre Ma78.jpg Rei dos deuses e governante do Monte Olimpo; deus do céu e das tempestades. O filho mais novo dos Titãs Cronos e Reia. Símbolos: o raio e a águia. Primeira
Hera Juno Hera Campana Louvre Ma2283.jpg Rainha dos deuses. Deusa da casamento e da maternidade. Símbolos: o pavão e a vaca. Filha de Cronos e Reia. Mulher e irmã de Zeus. Primeira
Poseidon Neptuno Neptune fountain02.jpg Deus dos Mares; dos terramotos e dos cavalos. Símbolos: hipocampo e tridente. Filho de Cronos e Reia. Irmão de Zeus e Hades. Primeira
Deméter Ceres Demeter Pio-Clementino Inv254.jpg Deusa da fertilidade, agricultura, natureza e estações do ano. Símbolos: papoila. Filha de Cronos e Reia, irmã de Zeus. Primeira
Hades Plutão Hades-et-Cerberus-III.jpg Deus dos mortos, dos Infernos e das riquezas da terra. Símbolos: Elmo da Escuridão, um bidente, e um crânio. Filho do Titã Cronos e de Reia. Irmão de Zeus e Posídon. Primeira
Héstia Vesta Hestia-meyers.png Deusa virgem do lar e da lareira. Filha de Cronos e Reia, e irmã de Zeus. Primeira
Afrodite Vénus NAMA 262 Aphrodite Epidaure 2.JPG Deusa do amor, da beleza e da sexualidade. Filha de Zeus e de Dione ou, noutras tradições, de Urano. Símbolos incluem a pomba. Segunda [A]
Apolo Febo[B] Roman Statue of Apollo.jpg Deus do sol, da cura, da música, poesia, profecia e do tiro ao arco. Símbolos incluem a lira e o arco. Ártemis é sua irmã gémea. Filho de Zeus e de Leto. Segunda
Ares Marte Ares villa Hadriana.jpg Deus da guerra. Símbolos incluem o javali e a lança. Filho de Zeus e Hera. Segunda
Ártemis Diana Diane de Versailles Leochares 2.jpg Deusa virgem da caça e da lua. Símbolos incluem o veado e o arco. Irmã gémea de Apolo, filha de Zeus e de Leto. Segunda
Atena Minerva Athena Giustiniani Musei Capitolini MC278.jpg Deusa virgem da sabedoria, ofícios e estratégia militar. Símbolos são a oliveira e o mocho. Filha de Zeus, de acordo com algumas tradições, com Métis. Segunda
Dioniso Baco Dionysos Louvre Ma87 n2.jpg Deus do vinho, das festas e do êxtase. O seu símbolo é a pantera e a videira. Filho de Zeus e da mortal Sémele. Segunda
Hefesto Vulcano Vulcan Coustou Louvre MR1814.jpg Ferreiro dos deuses; deus do fogo e da metalurgia. Filho de Zeus e Hera ou, de acordo com algumas tradições, apenas de Hera. Segunda
Hermes Mercúrio Hermes-louvre3.jpg Mensageiro dos deuses; deus do comércio e dos ladrões. Símbolos incluem o caduceu. Filho de Zeus e da ninfa Maia.